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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Cabide de meninas:

Laje
"Almoço na Laje"
espelho na mesa
problemas
danças
fumaça - tempo - fumaça
molhaceira
melhoramentos
melhor momento
tormento
atormentar
atomizar
atrapalhar
desastrar
verbar
reverberar
cavocar
cravar
cantar
contrastar
canibalizar
carnavalizar
calar
pontuar (às vezes)

As mulheres reunidas são também desconstâncias. Algumas acalentam normalidades, outras convertem privações em olhares oblíqüos, tem ainda aquelas que deixam o corpo todo gritar sintonias. Acontece de chegarem e o momento cristalizar, de partirem quando cumes atravessam sentidos. As mulheres em matilha e às vezes não dá certo entrar na fluência desse movimento. Então, as músicas poderiam ser rock'roll, mas são coisas de torcer o corpo de outra forma: torcer e torcer, eis a questão! Desformular as cervejas em localizações: há lugares diferentes em estados de bebidas. Porque de corpo cheio, o espírito extravasa. Corredor de misérias até nos tempos de contentamento. Repetições de feitiços e desastres (reintrodução de números telefônicos em agendas fantasmas).
Não se pode voltar no outro dia a todos os lugares habitados em algum dia.

1 comentários:

Olhozinho disse...

Aqui é um cabide, mas elas costumam colocar-se em círculo. Dizem que o círculo é seu símbolo, seu movimento e sua ameaça de contaminação ou sua promessa de contágio. O círculo da fluidez dos fluxos. Sim! Dizem que mulheres devem viver em círculos porque regem os fluxos da vida, e os fluxos não gostam de ângulos: criam coágulos, entupimentos, concreções, projéteis... Coisas de homem, dizem. É bom estar em círculo quando ele não se torna um panóptico policialesco das fluidezes "não trava! não trava!". Também é bom ser projétil, lançar-se a um alvo indeterminado, com força e certeza, mas somente quando ele não se torna um mandato "acerta! acerta!". O círculo, salvação ou escravidão, liberação ou promessa, concepção ou penetração, sorte ou fado...

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