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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

pontilhados sobre mulheres.

Esse texto será quase diferente do que tenho exercitado nesses tempos, mas marco que deve valer alguma coisa e se mesmo não valer coisa alguma, ficará não menos quanto tantas palavras viajando nesse espaço de expressão.
Vejamos, a questão que arranho aqui é: mulheres. Arranho porque não faço escrita para alcançar absolutos, se eles existem? Então, faço deixar coisas que andam surgindo entre uma conversa e outra; uma observação e qualquer sentido; uma leitura e algumas dúvidas. Das conversas sobre como casais onde os homens amam mais, mais persistem as junções. Por quê? De encontros com várias tias em uma cozinha de avó num domingo, contentamento das histórias e articulações solidárias para as festas de final de ano. Me passa na cabeça: famílias interessantes contam mulheres interessantes. E disso, me dou conta que no romance de Virginia Woolf, "Noite e Dia", a autora faz o homem amar e a mulher passar por um sentimento mais brando do encontro. Eles decidem pelo casamento, mais precisamente, a personagem Elisabeth resolve positivamente por esse casamento (já havia desistido de um... e nunca quiz casamento algum, diga-se de passagem). O que é tudo isso? O que está nessas relações singulares que mulheres tecem, esses sutis bordados que articulam pontos cegos e fazem as coisas tomarem fôlego, sem se mostrarem. Dentro de situações estranhas. Contudo, nem tudo de mulheres é contentamento. Nossa! Que marca de dissimulação. E dissimulação não me parece justificável como defesa. Aliás, defender-se ou guerrear? Fico com a potência da guerra. Embate de forças, composição das diferenças. Sem manutenção da ordem própria potencializada pela dissimulação, que aliás é covarde. E falo de mulheres e não do feminino, aqui tenho ainda muito para buscar, talvez podemos pensar junt@s sobre. Alguns pontos soltos para provocar e também levar ao lixo a série de bilhetes que se perdem pela casa guardando apontamentos dispersos.

1 comentários:

atravessamentos disse...

EStou pensando nos espaços políticos que estão nessas sutilezas, nesses silêncios, nas invisiblidades. Como isso opera? Para buscar dinâmicas e conseguir desdobrá-las. Trabalhar.

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