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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Ninguéns x Alguéns


Brigando com a raiva que está engasgada porque nem gritar direito e falar alto de noite na calçada parado no mesmo lugar pode. Ninguém pode mais nada e alguém grita da janela que vai chamar a polícia e outro ainda abre nervosamente a persiana para dizer sei lá o quê porque podia dizer qualquer coisa mesmo que ninguém iria ouvir porque todos falavam alto de contentamento de amizade e de cerveja. Queira alguém ou não, sempre ninguém ficará perambulando pelas madrugadas para fazer ouvir os que tem pouco sono e muita hora para acordar. É assim que funciona com alguém, grita para reprimir não para festejar ou para superar. Por hoje ninguém vai ensaiar uma tentativa de paciência depois de discutir e perder a compostura mais uma vez com a telefonista. Porque ninguém também tem raiva de certas coisinhas que foram feitas por os alguéns que acordam cedo e ficam com raiva, muita raiva dos ninguéns. Tudo bem, sempre temos como desviar das caras feias e das contas erradas, mas, às vezes, isso dá um trabalho além das vontades e necessidades de uma vida que poderia ser feita sem roubo. Alguns alguéns roubam o tempo, o dinheiro, a paciência, a energia, a vontade dos ninguéns que só querem produzir sossegadamente e confraternizar até o desejo entupir o corpo de feituras com os outros. Chega de reclamações, assim quase me fico alguém de poucos amigos!

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